domingo, 12 de dezembro de 2010

Um dia talvez percebas



E mais uma vez caminho sozinho

Aprendi a amar
Aprendi a errar
Aprendi tanta coisa
Difícil de explicar

Aprendi a cair
Aprendi o que é falhar
Aprendi o que é já não ter nada
Em que me apoiar

Sei que sempre estive sozinho
Nenhum sorriso
Nenhum carinho

Aprendi a viver
Por ti criticado
É pena sentir-me isto
Sentir-me um fardo

Como se fosse um problema
Que na tua vida, por ali a atrapalhava
Não te preocupes
Já não sou um problema
Já não sou mais nada

Já não sou a tua desgraça
Muito menos a tua tristeza
Como dizes sou passado
E é isso que agora me sustenta

Amar? Não é errado
É sim tentarmos ser o presente
Quando nos enfiaram sempre
No passado

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010



A doença não me matou, eu é que me matei a mim mesmo

Choro?
E de que me vale chorar?
Não é por 1000 lágrimas
Que irás voltar

Grito?
Tudo o que tiver a gritar
Ate a minha garganta não aguente
E o meu coração parar

Vivo?
Deixei de viver
Em que dia?
No dia em que deixei de te ter

O que sou?
Pouco ou nada
Fiquei transparente
Como a água

Não vou arranjar desculpas
Por ter falhado
Falhado será sempre falhado
Não importa o lugar
Ou até mesmo o seu estado

Guardo?
Alegria e tristezas
Derrotas e vitorias
No momento de cair
Espero cair em glória

Não espero que te recordes de mim
Com um sorriso na cara
Não, espero que te recordes de mim
Como uma pessoa mais clara

Menos escura
Mais transparente
Espero que te recordes de mim
Não como uma besta
Mas como gente

Espero que se te lembrares
Ao menos sorrias
Pois foi ao teu lado
Que tive os meus melhores dias

Não choro, ou pelo menos vou tentar não chorar
Vou esperar e esperar
Mas já falta só pouco
Para “Deus” me levar