domingo, 30 de outubro de 2011

O pouco de mim



Ao longo da minha vida
Sei que vou ter muita coisa por dizer
Agora eu digo, no dia em que parar de escrever
È porque estarei quase a morrer

Sentimentos pragmáticos
Com uma fiada de vazio
Já escrevi tantos poemas
Que até já perdi o fio

Já vi tantos rostos
Prenchidos com alegria
E outros tantos com infelicidade
Já vi pessoas a baterem no fundo
Quando eram boas de verdade

Conheci gente fantastica
Onde muita entrou no meu coração
Enquanto outras não passaram de conhecidos
De uma tremenda desilução

Já errei, já falhei
Já soube o que era ser feliz
Já soube o que era sofrer
Já vive um pouco de tudo
Até já soube quase o que era morrer

Sempre que cai, mesmo com dificuldade
Sempre me consegui levantar
Sempre regresei mais forte
E com uma enorma vontade de lutar

Sempre te soube, ou pelo menos
Sempre te tentei apoiar
Mesmo que não tenha conseguido
Não deixei de o tentar

Deite o meu carinho
Mal ou bem deite o meu amor
Mesmo que venha a viver sozinho
Tentarei ser feliz no meu interior

Nunca deixarei de escrever
Nunca deixarei de me expresar
Até mesmo que nao tivesse portatil
Numa folha eu iria continuar

Mesmo que não
Houvesse nada para dizer
Alguma coisa eu tentaria vos contar
Não importa o sitio
Muito menos o lugar

sábado, 29 de outubro de 2011

Pedaços de mim



Mudam-se os ventos
Mudam-se as vontades

Lento e ao mesmo tempo morno
É bom sentir a tua pele
No meu corpo

Perfeito e incorrecto
Plausivel e desejado
Aquele sentimento que perdora
Quando estou ao teu lado

Vi dias e dias
Como tantos outros iguais
Apenas quando estou contigo
Esses dias eram “normais”

Vejo-me nos teus olhos
E já não vejo um aglomerado de solidão
Posso levantar a cabeça
Abraçar-te e dar-te a mão

Sei que nada é para sempre
E a vida levou-me a essa grande verdade
Prefiro viver dia após dia
E permanecer na realidade

A minha mão estara sempre
Por cima do teu ombro
A guardar-te, a vigiar-te
Enquanto nos dias mais dificeis
Tentarei ser eu e ao mesmo tempo abraçar-te

sábado, 1 de outubro de 2011

There Is No Plan



Não existe nenhum motivo para me ter abandonado
Apenas como todas as pessoas, sentia-me perdido
espera de um dia ser encontrado

Exprimenta viver
Exprimenta melhorar
Exprimenta deixar os erros
E ver coisas boas a chegar

Aprende a conquistar
Aprende a re-conquistar
Aprende a recuperar
Aquilo que sistematicamente, te tentam tirar

Sorri
Olha para mim e da-me um sorriso a brilhar
Da-me a tua mão e diz-me que aos poucos
Me sentes a voltar

Não preciso de me sentir perfeito
Não preciso, nem quero me sentir melhorado
Não quero esquecer o mal e o bem que fiz no passado
Quero usa-los como lição, para reconstruir
O longo caminho, que ainda tenho traçado

Quero sentir-me bem
Quero lentamente sentir-me feliz
Puder mostrar ao mundo e a mim mesmo
Aquilo que queria, mas ao qual nada fiz


Não peço desculpas a quem magoei
A quem abandonei, a quem de uma vida abdiquei
Apenas puderei demonstrar o melhor de mim
Mostrar que acima de tudo, não sou um erro
Não sou um fim

Lentamente olho para o céu
E nele eu aponto, o meu pequeno dedo
Há espera que as coisas boas cheguem
Enquanto o vento, esse acaricia o meu cabelo

Pois não peço nada impossivel, nada demasiado caro
Apenas queria um vida melhor
E se não conseguir voltar ao meu passado
Então que faça bem a alguem do meu lado