sábado, 19 de fevereiro de 2011

Broken


O pior nao é o facto de teres ido embora
Mas sim de saber que seguis-te em frente agora


Onde havia duvidas
Agora existem certezas
Sei o que não te sou
E o porque que já não tentas

Sei o que realmente queres
E o quanto eu já não faço parte da tua vida
Enquanto eu recordo os momentos
Como se a minha mente alguma vez
Pudesse ficar perdida

Recordo, mas já não tento vive-los
Estaria a ser injusto
Se tentasse faze-lo

Ambos optámos
Por caminhos bem diferentes
Enquanto eu fiquei no passado
Tu seguis-te já em frente

Enquanto eu ainda choro
Tu sorris felizmente
Enquanto um fica no chão
O outro anda por ai contente

Enquanto eu grito
Já tu acenas
Enquanto tento parecer bem
Tu já nem esconder isso tentas

Enquanto um optou
E foi pelo caminho mais fácil
O outro ficou com o caminho mais longo
E o mais desagradável

Portanto eu sei que enquanto fico
Seguramente, tu já estas bem a frente
Seguis-te já o teu caminho
E será tudo bem diferente



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A tua decisão


Finalmente percebi que a tua felicidade já nao depende de mim
Que seguis-te e escolhes-te o teu caminho

Percebi tambem que eu já nao faço parte desse caminho


Perco-me no que sempre te quis dar
Mas que nunca te dei
Perco-me a perguntar
Como e porque que errei

Passou tanto tempo
E eu sempre defendi a mesma ideia
Agora interrogo-me
Se essa ideia seria valida
E verdadeira

Por mais que quisesse
Já não me conseguiria enganar
Os teus gestos são mais que claros
Não da para os tentar desculpar

Já não é uma questão
De cabeça quente
Sei que já são verdadeiros
E é isso que realmente sentes

Custou mas já consigo ver
Que realmente já não precisas de mim
Que já não me amas
Que para ti foi o fim

Não sei se foi só por mim
Ou então, se ouve mais algum motivo
Sei que sou uma peça
No meio do teu caminho

Já não dá para tapar os olhos
Porque simplesmente já não consigo
Já não consigo pensar que vai ficar tudo bem
Pois tu já escolhes-te o teu caminho

De duas torres
Uma continua levantada
Enquanto os habitantes da outra partiram
Deixando-a abandonada

Eu ainda sei o que sinto
E o que quero
Mas também sei que já não me queres
Na tua vida nem lá perto

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Serias pelo menos feliz


Se calhar o melhor que podia ter dado a minha vida
Era ter morrido em vez de ter tentado construi-la
Ai sim conseguiria ser feliz, pois sabia que não tinha
Magoado, quem eu sempre quis


Na minha vida
Poderia ter escrito
Derrotas e vitorias
Podia ter escrito
As minhas maiores vitórias

Podia ter-me glorificado
Tornar-me perfeito
Sem cometer qualquer tipo
De pecado

Seria absurdo e errado
Pois não sou perfeito
Nem um pouco lá chegado

As poucas vitorias que tive
Sei que fui a luta sem saber
Como iria voltar
Não me importava o quanto doesse
Mas tinha que tentar

Tinha que provar a mim mesmo
Que consegui-a
Que lutava pelo que amava
Pelo que era importante na minha vida

Nas minhas derrotas
Muita vez, eu chorava
Enquanto perdia-me no escuro
E de lá ninguém me tirava

Tive mais derrotas, que vitorias
Tive mais momentos perdidos
Senti-me tanta vez um inútil
Fraco e perdido

Culpei-me e ainda me culpo
Pelo que não fiz e devia ter feito
Por vezes ainda choro
Por me ter faltado a capacidade
De ser alguém na vida, alguém agradável

Não tenho trunfos
Muito menos cartas jogadas
Não planeio as minhas decisões
Mesmo que as vezes
Devessem ser pensadas

Tinham tantas expectativas
Tantas expectativas criadas
Depois saio uma desilusão
E as ideias saíram furadas

Habituei-me a estar a mais
A sentir, que não sou preciso
Que sou apenas mais um
Perdido no caminho

Quando fechava os olhos
Via-te no meu pensamento
Agora quando fecho os meus olhos
Vejo a tua dor e sofrimento

Não sou ninguém
Muito menos sei que não tenho o direito
De te manter por perto
Só por ser o meu desejo

Perdi tanta coisa
Ao longo da minha vida
Mas só lhe dei o devido valor
Depois já de perdida

Não sou perfeito
Mas também não me importo de ser uma desilusão
Sou aquele que, chamam de monstro
Mas que se esquecem
Que também tem coração

Toda a minha vida aprendi, a estar sozinho
Por mais que me custe
Não quero ser aquela pedra
Que te impede o caminho

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Stop Motion


O tempo ensinou-me a parar e a pensar
Mas acima de tudo ensinou-me quando devo baixar os braços e parar


Fraco, lento
É como me sinto
Ao sabor do vento

Tornei-o lento
Por nunca te ter
Conseguido acompanhar
Fico-me pela lentidão
Ah espera de um dia passar

Já não sei quem sou
Ou o que sou
Se sou eu, se sou real
Se afinal não valho nada
Ou se tenho alguma coisa de especial

Conheço os meus passos perdidos
Ouço-os atrás de mim
Abafados e sozinhos

Tenho saudades de sorrir
De estar bem e ser feliz
De me sentir alguém melhor
De ser aquele antigo Luís

Era tão mas tão feliz
Tinha tudo o que sempre quis
Era tão simples
Simples mas mesmo assim feliz

Com o decorrer do tempo
Eu sei que me fui fechando
Fui me tornando mais frio
Fui me isolando

As críticas suaram como balas
E fortemente a mim, me devastaram
Sou o que me chamam
Um monte de merda, que se faz de coitado

Da minha boca eu sei que
Não sairá mais nada
Não porque não queira
Mas sim porque mesmo que a abrisse
Mesmo assim não bastava

O meu orgulho
Era o que me dava poder
Era o que me fazia ir a luta
Mesmo que soubesse que poderia perder

Agora não tenho disso
Pois baixei os braços, e meti-o de parte
Sei que não preciso de fazer mais nada
Pois para ti serei sempre um monte de merda
E um cobarde

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Luis Miguel, o fracasso


Tanta vez que fui comparado
Tanta vez que foi posto de lado
Tanta vez que fui criticado

Mas para que acreditar? Já que sempre fui um fracasso

Escondi-me na sombra
E fiquei-me pelo fracasso
E quando dei por mim
Já não passava dum embaraço

Tornei-me no que nunca
Me quis tornar
Deixe-me levar
Por ter medo de tentar

Tinha medo do fracasso
Mas eu mesmo transformei-me
Numa desilusão

Queria tanto ser bonito
Bonito e ao mesmo tempo perfeito
Queria ser alguém
Mas não tive jeito

Sinceramente acho que nunca
Tive jeito para nada
Fiquei-me sempre pelo intermédio
Não arriscava em mais nada

Perdi tudo
Tudo que aos meus olhos era perfeito
Não tinha que ser bonito
Para gostares de mim daquele jeito

Não tinha que ser o melhor
Pois sentias-te satisfeita
Quis tanto ser perfeito
Que acabei por fazer asneira

Até mesmo tu
Infelizmente eu vi partir
Enquanto tudo a minha volta
Parece cair

Porque hei-de lutar
Se saberei que estarei sozinho para festejar?
Porque hei-de tentar
Se ninguém consegue acreditar?

Cada vez me sinto
Mais deslocado
Mais desintegrado
Como se o meu mundo
Tivesse falhado

Já não me consigo
Fechar a cadeado
Perdi o pouco que me fazia andar estabilizado

Já não me prendo ao passado
Pois o presente é aquele que mais me tem fatigado
Já não penso no futuro
Pois sei que não vou concretiza-lo

Podem dizer que sou fraco
Que sou uma desilusão
Que devia ter morrido
Ou que não valho um tostão

Podem me chamar de tolinho
De me acusarem que não ando a comer
Que me ando a tentar matar
Que sou um mentiroso
E que só sei fazer sofrer

Sinceramente podem
Chamarem me o que quiserem
A partir de agora fico-me pelo fracasso
E que seja o que deus quisser

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

The Best Of You


Eu vou consertar tudo para que não precises mais de chorar
Mas no fim eu falhei

Eu estou feliz por me teres amado, por nunca me teres abandonado

Obrigado Ana Costa


Não dei o que te prometi
Não dei o que te deveria dar
Não te soube ajudar
Pois pelos vistos, só te soube magoar

Soube-te apoiar
Á minha maneira
Mesmo que tenha feito
Muita asneira

Mesmo quando me sentia sozinho
Eu sabia que não irias ter
Dificuldades em me encontrar
Estávamos ligados e nada nem ninguém
Iria nos separar

Eu era tão simples
Tinha pouco, mas mesmo assim sentia-me feliz
Podias achar que valias pouco
Mas conseguias por me a sorrir

Mesmo tendo falhado
Tentei dar tudo de mim
Mesmo não tendo sido suficiente
Para evitar o fim

Sinceramente?
Nunca pensei que teríamos um fim
Sempre encarámos de frente
O que estava para vir

É duro
Pois não é a mesma coisa sem ti
O pouco que tenho
Isso devo a ti

Sou tão fascinado por ti
Tão dependente por ti
Como se a minha vida
Girasse á volta de ti

O meu pensamento continua a ser em ti
E aquilo que juntos tivemos
Foste a melhor coisa
Ao longo de 20 anos

Á quase 2 anos
Que te conheci
Á quase 2 anos
Que nunca mais te esqueci

Á pessoas que têm tendência a partir
E outras com o tempo
Apenas na memoria ficar
Mas contigo será diferente
Pois nunca conseguirei te superar


(escrito por volta das 17h, postado as 17:55h)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mate, Kamishini no Yari

Você vai morrer com um buraco no coração. Não era isso que você queria?

Eu sei, que os dias vão passando
Enquanto permaneço no porto
Com esperança
De te ver chegando

Ah coisas, que ninguém pode comprar
Ah coisas, que gostava de ter
Mas vi as passar

Como as coisas que não disse
E sei que dificilmente
Algum dia as irei dizer
Não é por medo
Ou por ter algo a esconder

É porque já não dá para dizer
Já não dá para te contar
Já não dá para te tentar encontrar
Pois saberia que não te iria achar

Sigo o que não quiseste mais seguir
Pois desistis-te sem me aperceber
Deixaste me inconsciente, a morrer

Kamishini no Yari entra
E lentamente me consume
Enquanto a luz ao fundo do túnel desaparece
Já não brilha conforme

Não morro de fome
Nem morro por doença
Não morro aos 20
Muito menos aos 80

Não sou maldito por ter tentado
Sou maldito por ter conseguido
E mesmo assim acabar neste estado

Cai e desta vez não me vou levantar
Se não precisas de mim
Por aqui deixo-me ficar

Enquanto não me sinto fraco
Por ter perdido
Pois a batalha estava ganha
É pena que te tenhas esquecido