sábado, 11 de junho de 2011

Portas abertas



Não amo nem odeio o meu passado, apenas limitei-me a viver ao seu lado

Seria injusto
Se esquece-se o meu passado
E tudo o que nele
Esta retratado

Seria injusto esquecer-te
Esquecer tudo o que contigo aprendi
Esquecer aquilo que contigo apenas vivi

Esquecer o teu olhar
Esquecer a tua voz
Esquecer aqueles lugares
Tao dependentes de nós

Era injusto olhar e
Não sentir rigorosamente nada
Seria injusto passar por ti
Como não tivesses sido nada

Aos poucos até te podes ir apagando
Mas aqueles lugares, aquelas datas
Vão te sempre alimentando

Meu triunfo partido
Minha memória não apagada
Em tempos fui a tua vida
E agora não sou nada
Minha confidente
A quem dei sorrisos e tristezas
Juntos superámos barreiras invirrentas

Não deixas-te de ser importante
Apenas deixer de girar há tua volta
Como se fosse um passaro
Que abandonou a sua toca

O olhar inocente continua
Perdido no meio deste gelo insolente
Enquanto o meu sorriso continua
Há espera que tu entres

Foste uma obra inacabada
Como um poema com ainda muito por escrever
Foste como um dia de inverno
Ao qual estupidamente nunca consegui esquecer

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