domingo, 14 de novembro de 2010

È o fim?


Sinceramente? Ainda acredito que possamos ficar juntos

Por mais que me peças, não consigo, por mais que peça a mim mesmo, continuo a não conseguir. Não consigo estar bem, não consigo sentir-me feliz, sinto pouco ou quase nada sinceramente, sinto o medo, a saudade, aquela alegria ao ver-te e aquele aperto no peito ao partir, pois não sei se voltarei a ver-te, se voltarei a abraçar-te, é como se tivesse receio que aquela vez fosse a última.

Dói tanto ver-te a ir embora, como se fosses desaparecendo e eu pura simplesmente não me mexesse, como se alguém me agarrasse, como se tentasse gritar por ti, e o que saia eram guinchos, sons impossíveis de perceberes, de tanta coisa que possa ter acontecido na minha vida até agora, a que mais me orgulho foi quando te conheci, quando te vi pela primeira vez mesmo que tenha sido por uma webcam fiquei fascinado, fiquei vidrado, fiquei agarrado a ti, quando estivemos juntos a primeira vez, quando me ligas-te no dia do Alive, quanto tínhamos medo e estávamos lá sempre um para o outro a tentar que esse medo passa-se, o desejar que as 8:19h chegasse rapidamente para ver o comboio a ir para ai, para eu ir a correr para os teus braços, dos longos passeios, das brincadeiras, de quando fazia disparates e rias-te a olhar para mim.

Dos almoços, de tentar-mos fazer o almoço em casa da minha tia, o dia em que fizemos um ano, o quanto vi-me aflito para improvisar um bolo de anos para te levar no dia seguinte, os abraços, os beijos, os olhares, lembro-me disso com tanta alegria mas ao mesmo tempo com tristeza, com saudade. Lembras-te do dia da visita de estudo? Adormeces-te no meu peito enquanto eu dava-te a mão e ficava a ver-te dormir, de teres-me abraçado e começado a chorar por não ter dado para passar-mos a noite juntos como queríamos. Provamos a tanta gente que a distância não era problema, que não éramos um passatempo, que estávamos juntos, unidos mesmo quando toda a gente dizia o contrario.

Viver sem ti não é o mesmo, ir ai não é mesmo, sair na estacão e ver que foi ali que nos vimos a primeira vez, que nos abraçamos, dói tanto mas tanto, ver os Aliados e saber que era ali que te apanhava as vezes, que te deixava, que passeávamos por lá, dói tanto, como se tivesses desaparecido deste mundo e vivesses por aquelas ruas, dói mas ao mesmo tempo é bom, foi tudo real, tão real, podia ter pedido tudo, podia ter ficado sem casa, sem nada, não me importava tinha-te a ti, podias pensar mas eu sou pouco, mesmo que fosse pouco era o suficiente para estar bem, para me sentir bem, eu fiz tantas coisas más, tentava fazer duas coisas boas, mas se fosse preciso fazia duas coisas más, ou uma boa e uma má, eu sei disso eu sei tão bem disso, se pudesse voltar atrás tinha me calado quando disse coisas más, tinha sido uma melhor pessoa, um melhor namorado.

Arrependo-me tanto da porcaria que te fiz por ser um estúpido, o meu dever deveria ser proteger-te e fazer-te feliz, mesmo que tenha te protegido o mais que consegui, errei, e sinceramente? Não me perdoou-o por isso. Sinto tanto a tua falta, este aperto é tão grande, como se fosse aumentando de dia para dia. Eu amo-te, as vezes pode não parecer mas amo-te, amo-te mais que tudo na minha vida, acho que nem em 19 anos chorei tanto como tenho chorado, já não me lembrava da sensação de ter perdido alguém que era importante para mim, de me sentir sozinho, de me sentir ninguém.

Não consigo deixar-te ir embora, chama-me estúpido ou masoquista não me importo, se quiseres bater-me, bate, se quiseres ofender-me, por favor faz. Não me mexo um milímetro que seja enquanto o fazes, podes ter duvidas em relação se vou mudar, se vou ganhar juízo, mas sim estou a conseguir aos poucos e poucos e vou continuar empenhado nisso, não te vou deixar ir embora, ainda sinto que ficou tanto por fazer, que ainda temos tanto para contar juntos, estarei dia e noite para ti como sempre estive, a espera duma chamada ou duma mensagem caso te sintas triste ou não consigas dormir, que desabafes comigo, que contes os teus problemas, vou estar sempre do teu lado, mesmo que não seja aqui e seja em outro lugar, pois posso ter falhado em algumas promessas mas vou continuar a tomar conta de ti, e a proteger-te de tudo, sinto-me tão protector em relação a ti, como se fosses o meu maior tesouro e tivesse medo que me tentassem rouba-lo de mim.

Foste, és e dificilmente deixarás de ser a minha vida, a pessoa a quem mais confiei, a pessoa que mais amei, e a pessoa que mais admirei mesmo podendo não parecer, admiro-te por tudo o que vives-te ate agora, pelo que sofres-te e mesmo assim estás aqui, como eu te disse ontem serás sempre a minha pita, a minha menina. Estarei sempre ao teu lado, directa ou indirectamente, obrigado por tudo mesmo, desculpe ter errado e as vezes parecer que não te dava o valor suficiente, desculpa.

Serei sempre o teu Luís, por mais anos que passem, acredita serás sempre a minha menina linda que me deixava e deixa com aquele brilho nos olhos.

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