sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Devaneios



O pouco para muitos é insuficiente
Enquanto os que vivem com pouco
Mesmo tendo pouco
Vivem felizes, vivem contentes

Ás vezes um simples riso vale mais que 1001 coisas


Porque tentamos ver
Mesmo que os nossos olhos estejam fechados?
Porque tentamos agarrar
O que dificilmente será agarrado

Conseguir brilhar
Mesmo sabendo que não somos reluzentes
Tentarmos ser felizes
Quanto não passamos de mera gente

Traça o meu perfil
Traça-o com um marcador desajeitado
Transforma-me no que quiseres
Apenas não me deixes de parte, abandonado

Risca se quiseres
Rasga-me se te apetecer rasgar
Faz o que quiseres
Pois mesmo assim eu vou te amar

Apaga a minha mente
Retira o meu coração
Troca-me os pés
Pelas mãos

Prende-me
Amara-me
Faz o que bem te apetecer
Não me iria mexer
Doe-se o que doer

Sonho bom
Sonho mau
Apenas pequenos sufocos da minha realidade
Não passavam de ilusões
Até as ter tornado verdade

Não corro
Mas dificilmente fico parado
Não importa o tempo que leve
A sair daquele bocado

Olho
Mesmo sabendo que também estou a ser observado
Não importa a direcção
Não me sinto ameaçado

Fujo do meu passado
O tal que nunca fechei com um cadeado
E quando ele cair sobre mim
Só espero ficar firme e levantado

Pois com o tempo fui
Perdendo o medo que tinha de ti
Fui deixando de depender
De me aprisionar a ti

Com o tempo consegui me libertar
Agora á vícios do passado
Que espero nunca mais
Vê-los voltar

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